Hoje nós falamos neles: os famosos ω6 e ω3. O trecho abaixo foi retirado do blog de uma professora da nutrição. Sugiro aos interessados em melhorar a alimentação que passem por lá.
Boa Páscoa a todos!!
S.
Relação ω6/ω3 de certos óleos
A razão entre a ingestão diária de alimentos fontes de ácidos graxos ω6 e ω3 assume importânica na nutrição humana, resultando em várias recomendações que tem sido estabelecidas por autores e órgãos de saúde, em diferentes países. Há muitas evidências de que uma razão ω6/ω3, oferecida pela dieta de 4:1, fornece ótima razao tecidual de ácido araquidônico por ácido eicosapentaenóico, ambos fornecem eicosanóides, com funções fisiológicas benéficas nos sistemas cardiovascular, reprodutivo, respiratório, renal endócrino e imune, em doenças cardiovasculares, dislipidemias, doenças inflamatórias crônicas como a diabete, artrite reumatóide e depressão.
O ácido linoléico (18:2 ω6) forma o γ linolénico, que é convertido em ácido aracdônico. Este é precursor da síntese de eicosanóides . Os eicosanóides são produzidos nos tecidos, sendo responsáveis pela formação especificamente das prostaglandinas da série 2, tromboxano A (TXA) e leucotrienos da série 4, mediadores bioquímicos potentes envolvidos na inflamação, infecção, lesão tecidual, modulação do sistema imune e agregação plaquetária 3, 4, 7 linolênico (18:3 ω3)a. Em outra via, é convertido de forma lenta em ácido eicosapentanóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA), precursores de mediadores químicos menos potentes, as prostaglandinas da série 3, tromboxano A e leucotrienos da série 5, que atuariam no processo anti-inflamatório e não inibiriam o sistema imune.
Os ácidos graxos ômega 3 favorecem a produção de prostaciclinas, que têm os efeitos opostos ao ômega 6, isto é, prevenir a formação de coágulos e causar vasodilatação. Por esse motivo, considera-se que o ω3 tem papel maior no mecanismo de defesa do sistema imune enquanto que o ω6 participa de forma mais efetiva do processo inflamatório.
As séries de ácidos graxos ômega 3, ômega 6 e ômega 9 competem entre si, pela enzima Δ 6 dessaturase, que é uma chave metabólica clássica e comum para ambas as vias metabólicas 3, 4, 8 e apresentam maior afinidade pelos substratos mais altamente insaturados. Logo, devido essa natureza competitiva, cada ácido graxo pode interferir no metabolismo do outro, apresentando implicações nutricionais. Um excesso de ômega 6 irá reduzir o metabolismo de ômega 3, levando possivelmente a um déficit de seus metabólitos, incluindo o ácido eicosapentanóico. O DHA e o EPA interferem no sistema imune competindo com o ácido aracdônico (AA) no metabolismo da cicloxigenase na membrana celular. O AA em altas concentrações (1,5g/dia por 50 dias) compromete o sistema imunológico destacando-se a proliferação linfocitária, produção de citocinas e atividade de célula natural “Killer”.
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