quinta-feira, 27 de maio de 2010

Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil

As inscrições dos resumos foram prorrogadas até 15 de junho.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Lista de Espécies da Flora do Brasil

Lista de Espécies da Flora do Brasil O Brasil, como país signatário da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), assumiu perante a comunidade internacional uma série de compromissos para 2010. Dentre eles, destaca-se a implementação da Estratégia Global para a Conservação de Plantas (GSPC), com o objetivo de facilitar o consenso e a sinergia nos níveis global, nacional, regional e local para impulsionar o conhecimento e a conservação de plantas. Das 16 metas estabelecidas pela GSPC, a primeira é a elaboração de uma "lista funcional amplamente acessível das espécies conhecidas de plantas de cada país, como um passo para a elaboração de uma lista completa da flora mundial". Para atingir a meta 1 (Tag 1), o Jardim Botânico do Rio de Janeiro foi designado pelo Ministério do Meio Ambiente, através do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora), para coordenar a elaboração da Lista de Espécies da Flora do Brasil. Em setembro de 2008 foi realizado um encontro no Jardim Botânico, que contou com a participação de 17 taxonomistas de diferentes instituições de todo o país. Nesta reunião, foi estabelecido o comitê organizador, os coordenadores de cada grupo taxonômico e as informações que deveriam ser disponibilizadas para cada táxon.
O primeiro passo consistiu da integração de listas já publicadas ou disponibilizadas por especialistas nos diferentes grupos (vide o ícone fontes originais no canto direito desta página). Todos estes dados foram migrados para dentro de um sistema desenvolvido pelo CRIA. Ao final da migração cada especialista (indicado pelo coordenador da família ou grupo) recebeu uma senha para que pudesse, online, incluir novos dados ou corrigir aqueles já existentes no sistema.
Para que fosse possível atingir a meta do GSPC e também realizar o sonho da comunidade botânica do Brasil, foi preciso um grande esforço coletivo. Durante o ano de 2009 mais de 400 taxonomistas (vide os ícones coordenadores e colaboradores no canto direito desta página), trabalharam em uma base de dados única e geraram os resultados aqui disponibilizados. Hoje o sistema abriga 94.128 táxons, entre nomes aceitos e sinônimos.
São aqui apresentadas um total de 41.121 espécies da flora brasileira, sendo 3.633 de Fungos, 3.509 de Algas, 1.521 de Briófitas, 1.177 de Pteridófitas, 23 de Gimnospermas e 31.258 de Angiospermas.

Este é apenas o início. A intenção é que a lista seja dinâmica e atualizada periodicamente para incluir novas espécies e mudanças taxonômicas ao longo do tempo. Esperamos que este site, inclua num futuro próximo muitas outras informações sobre a flora brasileira.

Retirado de:
http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/

sexta-feira, 21 de maio de 2010

EXERCÍCIO de Farmacognosia I

Prezados,

No link abaixo o formulário de Simulação de metodologia para obtenção de substâncias naturais através de técnicas extrativas e cromatográficas. O sistema fechará o envio na véspera da nossa próxima prova. 

Para acessar o formulário clique aqui 


quinta-feira, 20 de maio de 2010

Prova farmacognosia 1

Prezados,

Em virtude do nosso atraso no cronograma e da participação de alguns alunos na FESBE, nosso novo calendário fica desta forma:

26/05 - prova com os alunos que participarão da Fesbe e entrega de relatórios
27/05 - prova com demais alunos e entrega de relatórios
10/06 - aula
17/06 - prova

Já repassei para vocês os dias da reavaliação e prova final no início do semestre.

Só assim conseguirei tempo para corrigir as provas e os relatórios. No dia 10 ministro as duas aulas restantes e passo o estudo dirigido que será uma das notas do bimestre. Assim não precisaremos usar um sábado.

Avaliação : notas farmacognosia II

Prezados,

As notas referentes a avaliação de ontem já estão disponíveis no mural ao lado da minha sala.

Att.
S.

A força que vem dos vegetais

Do fogo ao etanol celulósico, o homem continua dependendo das plantas para obter energia.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Farmacognosia I: Relatório e Prova

Prezados,

Abaixo um link pra instruções sobre o relatório que deve ser entregue no dia da prova. Por falar nela, temos um problema e preciso discutir com vocês. Acabo de ver que dia 03 é feriado e não poderemos fazer prova como conversei com alguns alunos hoje.

Atenciosamente,
S.

Relatório de aula prática clique aqui

Genéricos são causa de embate entre Brasil e países europeus


Remédios são tidos como falsos pela União Europeia

O Brasil iniciou nova batalha contra a União Europeia pelos medicamentos genéricos e tenta aprovar uma resolução na Organização Mundial da Saúde sobre o tema.
O objetivo é estabelecer com clareza as diferenças entre genéricos e remédios falsificados, derrubando o argumento central da UE e fazendo a OMS zelar pelo acesso à medicação.
"Essa é uma questão política", disse à Folha o ministro José Gomes Temporão (Saúde), em Genebra para a Semana Mundial da Saúde. "A OMS tem de cuidar do direito dos pacientes. Essa é sua missão", afirmou o ministro.
A UE reforçou sua política contra genéricos nos últimos dois anos, equiparando-os, em sua lei, aos remédios falsos. Uma das medidas mais duras nesse sentido foi a apreensão da carga de 28 navios com genéricos indianos que passaram por portos europeus em 2008 e 2009, sobretudo a Holanda.

Múltiplas frentes
Na semana passada, o Brasil, com a Índia, deu o primeiro passo na Organização Mundial do Comércio para contestar as medidas da UE, alegando que elas violam regras da entidade.
Hoje 20% dos remédios vendidos no Brasil são genéricos -um mercado de R$ 4,3 bilhões. E quatro de cada cinco destes são importados, sobretudo da Índia e da China.
Para chegar ao país, os navios de carga vindos da Ásia têm de fazer escala na Europa. Com as ações europeias, na pior das hipóteses, diz Temporão, as rotas poderiam ser mudadas - o que encareceria os remédios. "Um elemento central na política de genéricos é o preço. Esse é um caminho péssimo."
O país busca o apoio dos países africanos para apresentar a resolução na OMS até sexta. Temporão diz já ter assentimento de governos do Sudeste Asiático e da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), que costurou uma resolução em sua cúpula.

Os Médicos Sem Fronteiras também lançaram uma campanha pró-genéricos, na qual vêm chamando a atenção para a ação europeia. "Milhões de pessoas no mundo em desenvolvimento dependem de remédios genéricos", disse à Folha a diretora de políticas da entidade, Michelle Childs.

(Luciana Coelho)

(Folha de SP, 19/5)

Retirado de:
JC e-mail 4013, de 19 de Maio de 2010. clique aqui

Leia também:
Governo pede na Suíça que falsificação de remédios não atrapalhe comércio de genéricos
clique aqui

Plantas Medicinais: verdades e mentiras

Olá pessoal,
Este livro já está disponível na Biblioteca Central. É um livro fácil de ler e cheio de informações sobre o uso de plantas medicinais.

 



PLANTAS MEDICINAIS - VERDADES E MENTIRAS
O QUE OS USUÁRIOS E OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE PRECISAM SABER
AUTOR(ES):
DI STASI, LUIZ CLAUDIO
SINOPSE:
Em vários países, a associação entre os diferentes tipos de tratamento disponíveis modernos com as práticas populares e tradicionais de saúde têm sido uma das abordagens mais promissoras e  eficazes para o tratamento das doenças, especialmente das camadas da população que não reúnem condições financeiras ou sociais de acessarem os serviços modernos de saúde e seus medicamentos quimicamente definidos e estudados.

Este livro traz um estudo amplo e acessível sobre as chamadas "plantas medicinais" e sua aplicação na medicina. O autor não apresenta receitas ou fórmulas mágicas, pelo contrário, tem a intenção de esclarecer o leitor sobre as diversas formas de aplicação, mostrando as diferenças entre as medicinas alternativa, popular, tradicional e a fitoterapia.

Sobre o autor

Luiz Claudio Di Stasi é professor adjunto do Departamento de Farmacologia do Instituto de Biociências da UNESP, câmpus de Botucatu. É mestre em Farmacologia pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp), doutor em Química Orgânica pelo Instituto de Química da UNESP, câmpus de Araraquara e pós-doutorado em Farmacologia de Produtos Naturais pela Faculdade de Farmácia da Universidade de Granada, Espanha.
SUMÁRIO:
Apresentação
Prefácio
Introdução

Capítulo 1 - Plantas medicinais: vamos saber do que estamos falando
 Planta medicinal ou planta tóxica
 Planta medicinal - remédio ou medicamento
 Drogas e fármacos

Capítulo 2 - O que faz uma planta medicinal funcionar

Capítulo 3 - Plantas medicinais em seus distintos contextos de uso
 Medicina popular, medicina tradicional e medicina oficial
 Medicina oficial
 Medicina tradicional
 Medicina popular
 Fitoterapia e os fitoterápicos

Capítulo 4 - Fitoterapia como medicina complementar e integrativa
 Panomara atual do uso de plantas medicinais
 A prática da Fitoterapia
 A Fitoterapia nos consultórios
 A Fitoterapia nos serviços públicos de saúde
 Características básicas de um Programa de Fitoterapia

Posfácio
Glossário
Referências bibliográficas comentadas

Cafeína pode retardar doença de Alzheimer e outras demências e restaurar a função cognitiva

Credit: iStockphoto

Embora a cafeína seja a droga psicoativa mais consumida em todo o mundo o seu potencial benéfico, para a manutenção do funcionamento adequado do cérebro, só começou a ser devidamente apreciada recentemente. Evidências obtidas em estudos epidemiológicos e em investigações em modelos animais sugerem que a cafeína pode proteger contra o declínio cognitivo observado em demência e doença de Alzheimer (AD). 
Um suplemento especial do Journal of Alzheimer's Disease, "Therapeutic Opportunities for Caffeine in Alzheimer's Disease and Other Neurodegenerative Diseases" - Oportunidades terapêuticas para cafeína na doença de Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas"- lança nova luz sobre este assunto e apresenta as principais conclusões.
Os editores convidados Alexandre de Mendonça, do Instituto de Medicina Molecular e Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Portugal, e Rodrigo A. Cunha, do Centro de Neurociências e Biologia Celular de Coimbra e Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Portugal, reuniram um grupo de especialistas internacionais para estudar os efeitos da cafeína no cérebro. A coleção resultante de estudos originais transmite várias perspectivas sobre temas que vão desde alvos moleculares da cafeína, alterações neurofisiológicas e adaptações, para possíveis mecanismos subjacentes às ações comportamentais e neuroprotetoras de cafeína em diferentes patologias do cérebro.
"Estudo epidemiológico revelou uma associação inversa entre o consumo crônico de cafeína e a   incidência da doença de Parkinson," de acordo com Mendonça e Cunha. "Este estudo foi acompanhado paralelamente por experimentos em animais com protocolo referente a doença de Parkinson mostrando que a cafeína preveniu o déficit motor, assim como, neurodegeneração" .Posteriormente, alguns estudos epidemiológicos mostraram que o consumo de quantidades moderadas de cafeína foi inversamente associado com o declínio cognitivo associado ao envelhecimento, bem como, a incidência da doença de Alzheimer. Novamente, este achado foi acompanhado por estudos em animais e mostram que a administração crônica de cafeína impediu a deterioração da memória e da neurodegeneração em modelos animais de envelhecimento e da doença de Alzheimer. "

As principais conclusões apresentadas no volume "Oportunidades terapêuticas para cafeína na doença de Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas" foram:

    * Vários efeitos benéficos da cafeína para normalizar o funcionamento do cérebro e prevenir sua degeneração;
     * Perfil neuroprotetor da cafeína e sua capacidade de reduzir a produção de amilóide-beta;
    * A cafeína como um agente modificador da doença, candidato para a doença de Alzheimer
    * O impacto positivo da cafeína sobre o desempenho da memória e cognição;
    * Identificação de receptores de adenosina A2A como o principal alvo de neuroproteção conferida pelo consumo de cafeína;
    * Confirmação de dados através da valiosa meta-análises apresentadas;
    * Os estudos epidemiológicos corroborada por meta-análise sugere que a cafeína pode proteger contra a doença de Parkinson;
    * Várias questões metodológicas devem ser resolvidas antes de avançar para testes clínicos decisivos;
Mendonça e Cunha também observaram que "o acompanhamento diário dos pacientes com DA nos ensinou que a melhoria da vida diária pode ser um indicador mais significativo de melhoria em medidas objetivas de desempenho da memória. Uma das complicações mais comuns da doença de Alzheimer é a depressão, e as observações recentes de que a cafeína pode ser um normalizador de humor são de interesse particular. "

O suplemento foi financiado pela Associação Industrial e Comercial do Café e o volume completo foi disponibilizado em
http://iospress.metapress.com/content/t13614762731/, com acesso gratuito.

Fonte: OS Press (2010, May 18). Caffeine may slow Alzheimer's disease and other dementias, restore cognitive function, according to new evidence. ScienceDaily. 19 de maio de 2010, em http://www.sciencedaily.com­ /releases/2010/05/100517111937.htm

sábado, 15 de maio de 2010

AVISO: AB1 Farmacognosia 2 e seminários

Prezados,

As médias do primeiro bimestre já se encontram no sistema. Sugiro que verifiquem as faltas, uma vez que algumas pessoas já se encontram próximas da reprovação. Quanto às notas da prova, elas estarão disponíveis no mural ao lado da minha sala na segunda-feira.

Att.
Sâmia

P.s. Anne não foi a única. Outros alunos merecem os parabéns! ;)
P.s. 2 As médias já estão com os "pontinhos" dos exercícios e os seminários.
P.s. 3 Quem estiver com a nota aparecendo zero ou FAL é porque faltou a uma das avaliações. Consequentemente, deverá repor o bimestre.

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Perguntas dos seminários

1) Palitoxina
 Qual (is) o (s) uso (s) da palitoxina?

2) Óleos essenciais na indústria farmacêutica
Dê exemplos de usos de óleos essenciais na industria farmacêutica.

3)  Inseticidas naturais

Dê exemplos de substâncias de origem natural  (mínimo 5) que são utilizadas como inseticidas indicando a que classe de produto natural elas pertecem.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Caju é rico em vitamina C e ferro



Globo reporter
Sexta-feira, 16/10/2009
A fruta é um poderoso tratamento natural, confirmado pela ciência, que recebeu o nome de acajumembrana. Uma película feita do suco de caju é indicada para tratar queimaduras e feridas

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Descrição pioneira de novas espécies de plantas em periódico que não tem versão impressa rompe com regra tradicional da nomenclatura botânica


A 'Solanum sanchez-vegae', endêmica do norte do Peru, é uma das quatro espécies vegetais descritas em um periódico on-line (foto: A. Cano - PLoS One). 

O mundo da botânica ganhou esta semana a descrição de quatro novas espécies do gênero Solanum. O artigo assinado por Sandra Knapp, do Museu de História Natural de Londres, passaria despercebido dentre as milhares de novas espécies vegetais descritas todo ano, não fosse por um detalhe: é o primeiro a ser publicado em um periódico que circula apenas em meio eletrônico – a revista PLoS One.
A nomeação das novas espécies de plantas é regida pelo centenário Código Internacional de Nomenclatura Botânica (ICBN, na sigla em inglês). De acordo com o artigo 29 do código, só são aceitos nomes propostos em artigos publicados em meio impresso, que possam ser fisicamente arquivados nas bibliotecas de jardins botânicos, museus e instituições de pesquisa.
A solução proposta para contornar essa restrição foi relativamente simples, conforme relata Knapp no artigo da PLoS One: "Uma separata deste documento foi produzida por um método que garante várias cópias impressas idênticas, simultaneamente distribuídas a fim de fornecer um registro público e permanente". A separata foi enviada na data de publicação a 11 instituições, e a PLoS se dispõe a remetê-la a outras bibliotecas que fizerem uma solicitação formal.
A flexibilização das vetustas regras de nomenclatura botânica chega em boa hora. A mudança é um reflexo das mudanças estruturais que a internet tem provocado na circulação do conhecimento e, em especial, na publicação científica. Um número cada vez maior de periódicos circula apenas em formato eletrônico – como as publicações do grupo PLoS (sigla em inglês para Biblioteca Pública de Ciência), que existem desde 2003 e são abertas ao público (ao contrário de muitas revistas científicas).
"O código vai evoluir e se adaptar às necessidades em mutação dos cientistas", afirma Sandra Knapp em comunicado distribuído à imprensa. A botânica terá provavelmente um papel central na viabilização dessas mudanças: ela presidirá o grupo de trabalho sobre nomenclatura do próximo Congresso Internacional de Botânica, a ser realizado em 2011 em Melbourne, Austrália – ocasião em que as regras do ICBN podem ser revistas.

As novas plantas
O artigo pioneiro de Knapp descreve quatro novas espécies de solanáceas, como são chamadas s integrantes do gênero Solanum. Esse é um dos gêneros mais abundantes do reino vegetal, com cerca de 1.500 espécies catalogadas, inclusive o tomate e a batata.
As novas espécies foram todas descobertas na América tropical. A Solanum aspersum é encontrada na Colômbia e no Equador; a S. luculentum, na Colômbia e na Venezuela; a S. sanchez-vegae, no norte do Peru; e a S. sousae, no sul do México.
Os dados sobre as espécies recém-descritas também estão disponíveis no Solanaceae Source, grande banco de dados on-line sobre as plantas do gênero Solanum.
 
Fonte:
Sinal dos Tempos
Bernardo Esteves
Ciência Hoje On-line

Fármacos genéricos: Importá-los até quando?



Editorial
Fármacos genéricos: Importá-los até quando?

          Em 2009, o mercado brasileiro de medicamentos foi estimado em R$ 25 bilhões, o que corresponde à décima posição mundial e a aproximadamente 12% do mercado global. Representa fatia considerável do mercado mundial e é o primeiro da América Latina.
          Os medicamentos podem ser classificados em fármacos, biofármacos e genéricos.
          De forma geral, estão incluídos entre os primeiros os fitofármacos e outras modalidades, sendo que a principal semelhança entre fármacos (considerados como o princípio ativo de um medicamento) e os biofármacos (originados de processos biotecnológicos) é sua comercialização por concessão de monopólio pelo Estado, através de carta patente concedida à empresa/instituição que o descobriu ou o inventou.
          As vendas de genéricos representam cerca de 8% do mercado brasileiro de medicamentos.
          São moléculas cuja patente expirou (ca. 20 anos após sua descoberta/invenção) e que, portanto, podem ser produzidas, distribuídas e comercializadas por qualquer laboratório ou empresa farmacêutica pública ou privada, desde que dentro dos marcos regulatórios vigentes determinados pela ANVISA.
          A Lei dos Genéricos (9787/99) estabeleceu o comércio de fármacos genéricos no País e determinou que estes tivessem seus preços finais ca. 40% inferior aos dos medicamentos protegidos por patente.
          Apesar dos avanços ocorridos em decorrência da Lei nº 9787/99, que facilitou aos brasileiros maior acesso aos medicamentos, as empresas farmacêuticas brasileiras dedicadas a esse segmento do setor de medicamentos limitam-se a formular e a embalar os princípios ativos (farmoquímicos) que importam de mercados produtores distantes (Índia, Coréia ou China, principalmente) , sangrando divisas do País e re-editando, em versão moderna, o “Caminho das Índias”.
          Considerando que os medicamentos genéricos são de origem sintética e que há competência acadêmica em Síntese Orgânica, no País, nos diversos Programas de Pós-Graduação com nível de excelência atribuído pela CAPES, poderemos envolver parte dessa expertise para estudar rotas de síntese conhecidas, descritas na literatura de patentes para fármacos genéricos.
          Ademais, poderemos ainda introduzir inovações relevantes nessas rotas ou desenvolver novas, originais e inéditas, a partir de insumos mais atraentes econômica e ambientalmente.
          Finalmente, poderemos também antecipar rotas originais para futuros fármacos genéricos que venham a ter sua proteção patentária vencida, nos capacitando a produzi-los localmente e, eventualmente, nos tornarmos um dos grandes fabricantes de farmoquímicos.
          O medicamento líder em vendas no mundo, que atingiu, em 2009, a cifra de US$ 13 bilhões, terá sua patente expirada em junho de 2011, o que representa uma grande oportunidade comercial nesse segmento de medicamentos genéricos.
          Há severos gargalos a serem superados nessa questão da produção de fármacos, genéricos ou não, no País.
          Vale registro a extrema carência, senão ausência completa, de laboratórios de escalonamento primário, certificados e capacitados para adaptarem rotas sintéticas desenvolvidas, com sucesso, em nível de bancada em laboratórios universitários, onde se trabalha, quando muito, em nível de centigramas.
          Promover a integração de capacidades, articulando o estudo de rotas sintéticas de medicamentos genéricos ou de novos fármacos, em escala de bancada, em mais de um laboratório acadêmico-universitá rio, identificados por suas competências específicas em determinadas rotas de síntese, incluindo-se a preparação dos insumos básicos necessários, dependerá, também, da existência desses laboratórios de escalonamento primário que poderão ser inovadores em modelo de gestão.
          Esses laboratórios para terem sucesso devem ser geridos através de comitês multi-institucionai s, rotativos, e terem a participação de representantes das empresas interessadas em projetos específicos, das agências financiadoras, das instituições de ciência e tecnologia participantes e dos pesquisadores envolvidos.
          Das moléculas protegidas por patentes no Brasil, apenas uma é resultado de pesquisas feitas no País.
          Isso é muito pouco para um mercado consumidor tão importante como o brasileiro.
          O investimento na síntese de fármacos genéricos, além de reduzir a dependência de genéricos importados, é um ótimo começo para o desenvolvimento de novos fármacos.
          É necessário que ações nesse sentido sejam de fato promovidas, pois somente trilhando esse caminho poderemos inibir a vocação de mero mercado consumidor de medicamentos. Antes tarde do que nunca!
Eliezer Jesus de Lacerda Barreiro (UFRJ)
Coordenador do Instituto Nacional de Ciência e
Tecnologia de Fármacos e Medicamentos
(INCT-INOFAR)
Angelo C. Pinto (UFRJ)
Editor JBCS
Membro da Comissão de Governança e
Acompanhamento - (INCT-INOFAR)
 
Fonte: Editoria do Journal of the Brazilian Chemical Society
http://jbcs.sbq.org.br/online/2010/vol21_n5/00c-editorial_21-5.pdf

Estudos com animais mostram que a uva reduz os fatores de risco para doenças cardíacas e diabetes


Credit: iStockphoto/Bota Horatiu

 Cientistas da University of Michigan Health System estão trazendo à tona teorias sobre  a redução de fatores de risco relacionados à doença cardiovascular e síndrome metabólica. causada pela ingestão de uvas O efeito é provavelmente devido à fitoquímicos - antioxidantes naturais - que as uvas contêm.
Resultados de estudos  com animais foram apresentados na convenção de Biologia Experimental, em Anaheim, Califórnia, e mostraram resultados animadores de uma dieta  enriquecida com uvas para a prevenção de fatores de risco para síndrome metabólica, condição que afeta um número estimado de 50 milhões de americanos e é frequentemente um precursor da diabetes tipo 2. 

Os pesquisadores estudaram o efeito de uvas de consumo comum (uma mistura de verde, uvas vermelhas e pretas), que foram misturadas em forma de pó e integradas na dieta de ratos de laboratório como parte de uma dieta rica em gorduras, no estilo americano. Todos os ratos utilizados eram de uma raça de suscetível a adquirir obesidade e foram submetidos a dieta hipercalórica.

Eles realizaram muitas comparações entre os ratos que consumiram a dieta enriquecida com uvas e os ratos controle, que não receberam o pó da uva.

Após três meses, os ratos que receberam a dieta enriquecida com uva apresentaram pressão arterial mais baixa, melhor função cardíaca e redução nos indicadores de rinflamação no coração e no sangue do que os ratos que não receberam o pó de uva. Os ratos em dieta enriquecida com uva também tiveram triglicerídeos mais baixos e melhor tolerância à glicose. Entretanto, apesar dos efeitos foram observados, os animais alimentados com uva não tiveram nenhuma mudança no peso corporal.

Os pesquisadores concluem que o estudo demonstra que uma dieta enriquecida com uvas podem ter efeitos amplos sobre o desenvolvimento de doença cardíaca e síndrome metabólica e fatores de risco as acompanham.

"A possível razão para a redução da síndrome metabólica é que os fitoquímicos agiram na proteção das células do coração contra os efeitos nocivos da síndrome metabólica. Nos ratos em dieta rica em uvas, a inflamação do coração e a função cardíaca mantiveram-se muito melhores", diz Steven Bolling, cirurgião cardíaco, da U-M Cardiovascular Center e chefe do U-M Cardioprotection Research Laboratory.

Os pesquisadores também observaram o aparecimento de sinais de inflamação, dano oxidativo e outros indicadores moleculares de stress cardíaco. Novamente, os ratos que consumiram o pó de uva apresentaram menores níveis desses marcadores do que os ratos que não receberam as uvas.

Não há nenhuma maneira mais aceita para diagnosticar a síndrome metabólica, que um conjunto de características: excesso de gordura abdominal (para os homens, uma cintura com 40 polegadas ou mais e para as mulheres, uma cintura medindo 35 polegadas ou mais); triglicérides elevados que podem levar a acúmulo nde gordura nas paredes das artérias, pressão arterial elevada; tolerância à glicose reduzida e elevados níveis de proteína C-reativa, um marcador de inflamação no corpo. As pessoas com síndrome metabólica têm um risco maior de doença cardiovascular e diabetes tipo 2. 
Mas o estudo da U-M sugere que é possível que o consumo de uva  altere a seqüência em declive que leva à doença cardíaca, prolongando o tempo entre o aparecimento dos sintomas e o tempo de diagnóstico. 
A redução desses fatores de risco podem retardar o aparecimento de diabetes ou doença cardíaca, ou diminuir a severidade das doenças, diz E. Mitchell Seymour, Ph.D., pesquisador chefe e gerente do U-MCardioprotection Research Laboratory.

Fonte: University of Michigan Health System (2010, May 10). Grapes reduce risk factors for heart disease and diabetes, animal study shows. ScienceDaily. Retrieved May 10, 2010, from http://www.sciencedaily.com­ /releases/2010/04/100426081024.htm


sexta-feira, 7 de maio de 2010

Chocolate amargo pode proteger o cérebro de dano por AVC

Foto: Credit: iStockphoto/Lasse Kristensen

Pesquisadores da Johns Hopkins descobriram que uma substância presente no chocolate amargo pode proteger o cérebro após um acidente vascular cerebral, aumentando os sinais celulares, já conhecidos, para proteger as células nervosas de danos.

Os pesquisadores descobriram que ratos alimentados com uma dose modesta de epicatequina - um composto encontrado naturalmente no chocolate amargo - noventa minutos antes da indução de acidente vascular cerebral isquêmico (essencialmente por corte de fornecimento de sangue para o cérebro dos animais) sofreram danos cerebrais significativamente menores do que os que não tinham recebido a medicação.
Enquanto a maioria dos tratamentos contra o acidente vascular cerebral em seres humanos têm que ser administrados dentro de uma janela de tempo de duas a três horas para serem  eficazes, a epicatequina pareceu limitar o dano neuronal quando administrado a ratos até 3,5 horas após um acidente vascular cerebral. Entretanto, quando administrada seis horas após um acidente vascular cerebral a substância não ofereceu proteção para as células do cérebro.

Fonte:
Johns Hopkins Medical Institutions (2010, May 5). How dark chocolate may guard against brain injury from stroke. ScienceDaily. Retrieved May 7, 2010, clique aqui

Artigo:
Zahoor A Shah, Rung-chi Li, Abdullah S Ahmad, Thomas W Kensler, Masayuki Yamamoto, Shyam Biswal and Sylvain Dor. The flavanol (−)-epicatechin prevents stroke damage through the Nrf2/HO1 pathway. Journal of Cerebral Blood Flow & Metabolism, 2010; DOI: 10.1038/jcbfm.2010.53

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Resveratrol pode proteger proteínas plasmáticas da oxidação em condições de estress oxidativo in vitro

As proteínas são vulneráveis ao estresse oxidativo, ou seja, ao ataque das espécies de oxigênio reativo causando consequentemente, a oxidação e formação de fragmentos carbonilados, produtos avançados de oxidação proteica (AOPPs) e, outros produtos indesejados da oxidação. Resveratrol, uma fitoalexina polifenólica encontrada abundantemente nas uvas e no vinho tinto, é um dos produtos naturais extensivamente estudados, com atividades biológicas como cardio-protetor, neuro-protetor, anti-envelhecimento, e anti-cancer. A maioria dos efeitos desses estilbenos é atribuída a sua propriedade antioxidante. No estudo atual nós avaliamos o papel do resveratrol na proteção à oxidação proteica no plasma após a indução in vitro ao estresse oxidativo. O estresse oxidativo induzido foi efetuado incubando-se o plasma com peróxido de terc-butila 10-5 mol L-1, o que acarretou em um aumento significativo das proteínas carboniladas do plasma (PCO) e dos AOPPs, e na diminuição dos grupos sulfidrilas (-SH). A presença do resveratrol protegeu as proteínas da oxidação, efeito esse dependente da concentração. Com base em nossos ensaios, os efeitos mostrados pelo resveratrol corroboraram evidências de uma propriedade antioxidante forte.

Resumo retirado de:
Pandey, KB & Rizvi, SI. Resveratrol May Protect Plasma Proteins from Oxidation under Conditions of Oxidative Stress In Vitro. J. Braz. Chem. Soc., Vol. 21, No. 5, 909-913, 2010. clique aqui