domingo, 25 de abril de 2010

Paracelso

Acertou quem respondeu que Parcelso é o pseudônimo de Phillipus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim


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"Paracelso, em sua primeira aparição pública, queimou os trabalhos de Galeno e deu tributos apenas aos “Aforismos” de Hipócrates. Esse comportamento exasperado, característico de Paracelso, tenta demonstrar um certo radicalismo ao estabelecer que suas idéias, prevalecentes sobre dogmas pré-estabelecidos, têm o objetivo de exultar a necessidade em modificar-se o pensamento galênico. A teoria de Galeno, que estabelecia ser a doença baseada em quatro humores – o sangue, a urina, a bile e a atrabile, não tinha qualquer significado científico. Isso provocou um retardamento por muito tempo da evolução científica na medicina. E, foi exatamente contra isso que Paracelso manifestou-se publica e ardorosamente!
Paracelso foi considerado como um flamejante meteoro que aparece e desaparece muito rapidamente. Trazia consigo, entretanto, um desejo compulsivo de destruir o “velho”. Afora seus impulsos filosóficos, Paracelso revolucionou o conceito de medicina prática quando estabeleceu que cada doença tinha sua própria etiologia. Estabeleceu, com isso, o uso de substâncias químicas com finalidade terapêutica e a importância de águas minerais e drogas de origem vegetal. Ele imaginava que o tratamento de cada doença dar-se-ia com o uso exclusivo de um determinado medicamento (um pensamento reducionista que ainda opera, até certo grau, em nossos dias). Paracelso pode ser considerado o fundador da química medicinal (sob a forma da iatroquímica) porque ele considerava que a descoberta dessas substâncias químicas se constituiria num dos principais objetivos da arte médica. Seus pensamentos eram tão arraigados que ele nomeava as doenças de acordo com os remédios que usava, já que as artes médicas não emanavam do espírito de Deus, mas sim da imaginação humana."

Retirado de:
A química Medicinal na próxima década. Química Nova, 23 (1), 2000. para baixar clique aqui


Artigos interessantes:

Paracelso: mago e cientísta. Revista Superinteressante clique aqui

Os três princípios e a doença: a visão de dois filósofos químicos. Química Nova, 20 (5), 1997. clique aqui

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